A violência contra a mulher não pode ser banalizada!

O país ficou chocado com as revelações feitas pela publicação do site "The Intercept Brasil" sobre o caso da influencer Mariana Ferrer. A reportagem publicou vídeos da audiência do caso, onde Mari é humilhada pelo advogado de defesa, Cláudio Gastão da Rosa Filho. A revelação infelizmente é mais uma confirmação do quanto as mulheres ainda sofrem com a violência e o machismo no Brasil.

Em nosso estado, os números da violência contra mulher são alarmantes. No primeiro semestre de 2020, 55 mulheres foram mortas, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas. Um aumento de 5% no número de mortes na comparação com o mesmo período de 2019.

A presidenta do Sineal, Renilda Barreto, lamentou a situação. "As imagens da audiência são chocantes, porém mostram a realidade das mulheres que sofrem algum tipo de violência. Temos de lutar contra essa cultura machista que reprime e desacredita vítimas em nosso país", declarou.

O caso Mariana Ferrer

Mari Ferrer acusa o empresário André de Camargo Aranha de tê-la estuprado em dezembro de 2018, em um camarim privado, durante uma festa em um beach club em Jurerê Internacional, em Florianópolis. Na época, ela tinha 21 anos e era virgem.

Durante a audiência, o defensor exibiu fotos sensuais feitas por Mariana Ferrer quando era modelo profissional, definindo-as como "ginecológicas". Também afirmou que "jamais teria uma filha" do "nível" de Mariana, além de outras ofensas.

O empresário acabou sendo absolvido por falta de provas que, segundo o juiz, comprovassem o "não-consentimento" da vítima. É importante destacar que a expressão "estupro presumido" foi adotada pela reportagem e não está contida na sentença, segundo próprio esclarecimento feito pelo The Intercept Brasil.


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