O clima esquentou na Câmara de Vereadores de Maceió. Alguns edis da oposição afirmam que o Prefeito Rui Palmeira (PSDB) pode ser processado por improbidade administrativa devido o calote no Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Maceió - IPREV. Segundo os vereadores, Palmeira suspendeu o repasse da contribuição patronal, desde março, sem a autorização do parlamento municipal. Em sessão do último dia 4 de agosto, o vereador Francisco Sales (PSB) fez um destaque sobre o tema.
"O prefeito tomou essa decisão de não repassar (as verbas) desde março, sem consultar a câmara. Isso é crime. Se isso não for crime de improbidade administrativa, eu não sei o que é. Cabe até o impeachment. O prefeito tomou uma decisão unilateral, sem o aval da câmara, e desde março já está deixando de realizar os repasses. O projeto só chegou agora. Parece que ele quer fazer o papel do legislativo e do executivo ao mesmo tempo", disse o parlamentar.
Em discurso contundente, o político fez uma avaliação sucinta do que vem sendo a administração Rui Palmeira nos últimos anos. "A gestão do prefeito Rui Palmeira é completamente irresponsável. Não só irresponsável, como também é omissa", afirmou.
Outro vereador que se posicionou contra o calote no Iprev foi Galba Novaes Netto (MDB). Em seu discurso, o político também questionou o prefeito Rui Palmeira. "Quem pode pedir música no Fantástico é quem já tentou prejudicar o servidor, do ano passado para cá, três vezes. Cortando o 13º do servidor, tentando cortar e fazer atrocidades com o Plano de Cargos e Carreiras e agora querendo quebrar a previdência do município", destacou na mesma sessão do dia 4.
Renilda Barreto, presidenta do Sineal, voltou a criticar a tentativa de calote do projeto. Segundo ela, o prefeito de Maceió ainda não trouxe justificativas que comprovem a necessidade da medida. "Rui Palmeira em nenhum momento trouxe números que comprovem que Maceió está quebrada. Esse é só mais um dos projetos para prejudicar o servidor que essa administração vem tentando emplacar", disse.
