O movimento sindical unificado conseguiu a adesão de mais vereadores de Maceió contra o Projeto de Lei que autoriza a suspensão do recolhimento da contribuição patronal ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Maceió - IPREV. O Prefeito Rui Palmeira quer suspender os repasses da para o Instituto até dezembro de 2020.

Nesta terça-feira (11), a tentativa de aprovar a medida em regime de urgência acabou sendo frustrada. Isso porque as lideranças sindicais conseguiram convencer mais vereadores e barrar a votação. No plenário da câmara municipal, os governistas acabaram adotando a estratégia de esvaziar a sessão para não correr o risco de ver o PL ser rejeitado na votação.

A presidente do Sineal, Renilda Barreto, esteve presente na Câmara junto à outras lideranças sindicais para pressionar os vereadores indecisos. Ela destacou o apoio que o movimento recebeu. "Nossa ida até lá foi muito proveitosa. Contamos com o apoio de diversos nomes como os vereadores Lobão, Siderlane Mendonça, Cléber Costa, Francisco Sales e Galba Neto, que fizeram questão de se posicionar à favor dos servidores e contra essa tentativa de destruição da previdência municipal ", explicou.

Vale lembrar que na sessão da semana passada, vários vereadores se posicionaram contra o projeto e rebateram os argumentos apresentados pelos parlamentares governistas. No debate, foi ressaltado que a prefeitura não apresentou nenhum estudo técnico que comprove as dificuldades financeiras alegadas pela prefeitura para tentar emplacar a medida. Segundo Galba Netto, estudos técnicos comprovam que o município de Maceió teve arrecadação recorde em 2019. Mas, disse o parlamentar, "é a terceira vez que o prefeito tenta prejudicar os servidores. Já pode pedir música", ironizou.

Mesmo com a vitória momentânea, a mobilização continua. Sob a hashtag #quemvotanãovolta, os sindicatos do movimento unificado pedem que a categoria permaneça engajada, pois, se aprovada, a suspensão dos repasses prejudicará, de imediato, aposentados e pensionistas. No médio prazo, a aposentadoria de todos os servidores, pois não há garantias de que o próximo gestor municipal pagará o rombo deixado pelo atual prefeito.