Presidente da FNE avalia que a luta pelo piso deve andar junto com a jornada de 30h

A Diretoria do Sineal se reuniu virtualmente, na quarta-feira (03/10), com a Presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Shirley Morales. Na pauta, o andamento das articulações nacionais pela aprovação do piso salarial da enfermagem (PL 2564).

A Shirley construiu cenários sobre os limites e as possibilidades das alternativas colocadas à mesa pelas lideranças no Senado Federal. A dirigente explicou que há uma média salarial nacional dos enfermeiros que está acima dos R$ 6 mil‼️ Neste caso, a aprovação de um piso de R$ 4.750, conforme proposto pela Senadora Eliziane Gama (Cidadania/MA), significaria o rebaixamento das expectativas salarias da categoria. "A gente compreende que, em alguns estados, a categoria ganha abaixo da média, mas precisamos mudar essas condições em vez de reduzir as expectativas dos demais", explicou a sindicalista.

Outro fato importante, destacado pela Presidente da FNE, é que a segunda proposta de emenda da senadora maranhense retira do PL 2564 a vinculação do piso à jornada de 30 horas semanais. Segundo a Shirley, na prática, isso significa enterrar qualquer discussão sobre a jornada humanizada. "Por qual razão, após aprovar um piso vinculado à jornada de 44 horas de trabalho, o Congresso e os empresários aceitarão aprovar uma jornada de 30 horas? Aceitar essa condição é acabar de vez com uma luta que vem desde 1955", disse a presidente.

A representante da Federação lembrou que as enfermeiras e os enfermeiros já deliberaram por duas vezes sobre a questão do PL 2564 e que, nas duas ocasiões, manteve a defesa do PL original do Senador Fabiano Contarato. Para ela, a posição do segmento já está mais do que definida, por isto, realizar um terceira consulta se torna um desrespeito à categoria. "Mas, aguardaremos o encaminhamento dos sindicatos nos estados. A FNE acata a decisão das entidades", reforçou ela aos participantes da reunião.

A Diretoria do Sineal decidiu, após o encontro, respeitar o resultado da última consulta aos enfermeiros alagoanos sobre o PL 2564. Os profissionais caetés defendem o texto original do projeto com o piso salarial de R$ 7.315 vinculado à jornada de trabalho de 30 horas semanais.


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