O mundo luta pelo fim do monopólio das vacinas

Hoje é o Dia Mundial da Saúde, uma data foi instituída em 1950 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Este ano, o dia tem uma força simbólica extraordinária diante da crise sanitária que se abateu sobre o planeta. Por isto, é também um dia para uma reflexão sobre a saída para a situação.

Está posto que, somada às medidas de distanciamento social, a única saída para a pandemia do novo coronavírus é a vacina. Entretanto, a omissão do governo brasileiro colocou o país na retaguarda mundial da compra e aplicação dos imunizantes para a Covid.

Das nações que não aderiram ao negacionismo, dez delas adquiriram 70% de todas as vacinas produzidas no mundo até agora. Ou seja, quem respeitou a ciência e se dedicou ao combate ao vírus monopolizou os imunizantes.

Some-se a isto, que a produção planetária das vacinas também se restringe a poucas farmacêuticas com capacidade limitada de produção para atender à demanda mundial. Foi por isto que a India sugeriu a quebra das patentes para a produção dos imunizantes em larga escala pelas nações. Além de aumentar a produção, a quebra do monopólio permitiria o acesso dos pobres às únicas alternativas para parar o morticínio pela pandemia.

Entretanto, seguindo os ditames do ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Brasil se opôs à quebra das patentes. O resultado disto, além do atraso na imunização da população do país, é o dano irreparável às famílias que já perderam mais de 300 mil entes. A economia nacional também sofreu perdas que levará décadas para serem reparadas. Por causa disto, milhares de brasileiras e de brasileiros voltaram ao mapa da fome!

O quadro se agrava com a média móvel de mortes diárias ultrapassando às 4 mil vidas ceifadas no Brasil. Enquanto isto, a China, maior fornecedora de insumos para a produção de vacinas no Brasil, declara que acelerará a vacinação da sua população. A consequência pode ser a redução do fornecimento do IFA (ingrediente para fazer a vacina)  para o Butantan  e para a Fiocruz. Ou seja, há a possibilidade de uma queda ainda mais drástica no ritmo de imunização dos brasileiros.

Por tudo isso, o Brasil se tornou um risco para o mundo. O país virou um grande campo para o cultivo de novas cepas do novo coronavírus. Diante da situação, a OMS voltou a destacar a necessidade de se democratizar o acesso às vacinas. As grande corporações já lucraram o suficiente com a venda das suas produções até aqui. É hora de quebrar as patentes! A vacina é um bem da humanidade e não pode ficar restrita a tão poucos, enquanto mortes evitáveis continuam ocorrendo mundo afora.


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