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Negros são as maiores vítimas da covid-19 no Brasil e no mundo

O assassinato do cidadão estadunidense George Floyd, cometido por policiais de Minneapolis, deu origem a uma série de protestos anti racistas dos Estados Unidos da América (EUA) e, depois, em vários países pelo mundo, incluindo-se o Brasil. 

Em solo nacional, casos com o do menino João Pedro, morto em uma operação pela polícia do Rio de Janeiro, preocupam e entristecem, porque se tornou uma rotina nas periferias e comunidades das grandes cidades. Os fatores históricos e socioeconômicos que vitimam mulheres e homens negros se reflete até mesmo no campo da saúde pública.

Segundo a nota técnica do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (NOIS), emitida no final de maio, a pandemia causada pelo sars cov-2 mostrou outras facetas das desigualdades sociais brasileiras. E a de raça é a maior delas.

Em qualquer recorte empregado, a chance de um negro morrer por causa do novo coronavírus é sempre maior que a de um branco. A maior diferença está na comparação entre os negros analfabetos e os brancos com nível superior: 80% contra 19%.

Já uma análise da Agência Pública mostrou que há uma morte para cada três brasileiros negros hospitalizados pela covid-19, enquanto entre brancos a proporção é de uma morte a cada 4,4 internações. Faz-se necessário lembrar que, no Brasil, 75% dos mais pobres são negros, segundo dados de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A diferença no acesso aos serviços de saúde e à qualidade do tratamento pode ser uma linha a ser seguida, já que não foram identificados componentes genéticos que justifiquem os maiores índices de contágio e morte da população negra pelo novo coronavírus. O certo é que fatores sociais como a ausência de saneamento básico, moradias precárias e pequenas (dificultando o isolamento), a maior utilização dos transportes públicos, o desemprego ou a informalidade, além da baixa renda podem ser fatores que contribuem para a maior fragilidade dos afrodescendentes perante à Codiv-19.

Por isto, para a Diretoria do SINEAL, é necessário jogar luz sobre essa situação e cobrar dos governantes ações mais efetivas para a proteção da população carente, em especial mulheres e homens negros, que são os mais vulneráveis durante este período de pandemia.

 


Tags: Nacional COVID-19 Coronavírus

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