Lideranças do servidores pressionam e Vereadores rejeitam urgência na votação do calote no Iprev

O movimento sindical unificado conseguiu impedir a votação do Projeto de Lei que autoriza a suspensão do recolhimento da contribuição patronal ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Maceió - IPREV. O Prefeito Rui Palmeira quer suspender os repasses da para o Instituto até dezembro de 2020.

Na última terça-feira (4), o Chefe do Executivo municipal mobilizou os vereadores governistas para tentarem aprovar a medida em regime de urgência, mas as lideranças sindicais conseguiram convencer alguns vereadores e barrar a votação. No plenário da câmara municipal, o vereador José Márcio (PSD) atendeu à solicitação do vereador Galba Netto (MDB) e adiou a votação do projeto de lei, que vai passar pelo rito das Comissões Permanentes da Casa.

O adiamento e a tramitação pelo regime padrão possibilitam que a representação dos servidores do município atue para ampliar o convencimento aos parlamentares relutantes. "Percebe-se, pelo clima da última sessão na câmara, que há forte resistência a aprovação do projeto de lei. Pelo que assistimos, os vereadores entenderam que o prefeito tomou uma medida drástica sem antes consultar o parlamento", avalia a Presidenta do Sineal, Renilda Barreto.

Durante a sessão, vários vereadores se posicionaram contra o projeto e rebateram os argumentos apresentados pelos parlamentares governistas. No debate, foi ressaltado que a prefeitura não apresentou nenhum estudo técnico que comprove as dificuldades financeiras alegadas pela prefeitura para tentar emplacar a medida. Segundo Galba Netto, estudos técnicos comprovam que o município de Maceió teve arrecadação recorde em 2019. Mas, disse o parlamentar-mirim, "é a terceira vez que o prefeito tenta prejudicar os servidores. Já pode pedir música", ironizou.

A mobilização continua. Sob a hashtag #quemvotanãovolta, os sindicatos do movimento unificado pedem que a categoria permaneça engajada, pois, se aprovada, a suspensão dos repasses prejudicará, de imediato, aposentados e pensionistas. No médio prazo, a aposentadoria de todos os servidores, pois não há garantias de que o próximo gestor municipal pagará o rombo deixado pelo atual prefeito. "Esse adiamento foi uma vitória importante, mas é só o começo. O movimento só irá descansar após a derrubada integral deste projeto de destruição do Iprev", disse Renilda.


Tags: Maceió Repúdio

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