O Fórum Nacional da Enfermagem, composto por diversas entidades nacionais representativas da categoria, revelou que organizações ligadas aos grandes planos de saúde e ao setor privado atuaram contra a aprovação do Projeto de Lei (PL) 2564. O ato legislativo estabelece o piso salarial nacional dos profissionais de enfermagem.

O texto conjunto, lembra que o mesmo PL também estabelece a jornada de trabalho de 30 horas semanais junto com o piso salarial. As entidades que subscrevem a nota ainda reclamam que há disparidades salariais entre profissionais da capital e do interior, além das péssimas condições de trabalho as quais estão submetidos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

Na Nota, as entidades expressam revolta contra a atitude das organizações patronais, porque são "As mesmas entidades que fazem campanhas homenageando esses profissionais, pedindo aplausos da população". E destacam que, mesmo assim, "não aceitam pagar salários dignos a enfermeiros, técnicos e auxiliares. Tudo isso é muito triste e vergonhoso!!!"

A Presidente do Sineal, Renilda Barreto, também se mostrou indignada com a intromissão e o lobby patronais. "Lutamos há décadas por reconhecimento. A pandemia mostrou ainda mais a importância do SUS e dos enfermeiros para a população brasileira. Agora, vem o rolo compressor das grandes corporações de saúde privada e consegue a retirada do nosso PL de pauta. Não aceitaremos isso", disse a dirigente.

O Fórum Nacional da Enfermagem exige agora que o Senado Federal retome a tramitação do PL em respeito aos mais de 2 milhões de profissionais da enfermagem de todo o país.