Enfermagem alagoana defende manter a luta pelo piso salarial de R$ 7.315

As enfermeiras e os enfermeiros alagoanos decidiram rejeitar a emenda da Senadora Eliziane Gama (Cidadania/MA) ao PL 2564 e manter a defesa do texto original do projeto de autoria do Senador Fabiano Contarato (Rede/ES).

Dos 774 votantes, 63,8% foram favoráveis à defesa do projeto original, enquanto 36,2% se manifestaram a favor da emenda da Senadora maranhense. Pelo projeto inicial, o piso salarial dos enfermeiros é de R$ 7.315, mas a senadora sugeriu reduzir esse valor para R$ 4.750.

A decisão da categoria ocorreu após discussão em Assembleia Geral virtual na quinta-feira, 24. O Sineal convocou o encontro após decisão nacional de submeter as possibilidades á deliberação pela categoria nos estados.

Durante a Assembleia, a Presidente do sindicato, Renilda Barreto, repassou detalhes aos participantes sobre o andamento das negociações. A dirigente fez um resgate histórico da luta pelo piso salarial e alertou a categoria sobre notícias falaciosas acerca da tramitação do PL 2564. "A hora é agora. É hora de mostrarmos para o que viemos. A gente não pode se nivelar por baixo, porque sabemos da nossa importância para a saúde. Por isto, a gente tem condições sim de viabilizarmos esse projeto", disse Renilda.

Já a Presidente eleita e atual Tesoureira do Sineal, Cinthia Carvalho, esclareceu aos participantes sobre o rito legislativo. Coube a dirigente desfazer o equívoco de que a mera aceitação da emenda da Senadora Eliziane garantirá a aprovação do PL 2564. "Vale a pena colocarmos que temos uma redução de 35% de uma proposta para a outra e essa é apenas a primeira etapa da negociação. Esse piso ainda pode cair. Vamos passar pelo pleno do Senador e não temos a garantia de que a proposta vai ser aceita pelo plenário", destacou Cinthia.

Na sequência, os trabalhadores passaram a votar através de um link disponibilizado pelas diretoras. Por sugestão da Presidente do Sineal, os participantes aprovaram a prorrogação da votação até ás 14hs dessa sexta-feira. Assim, mesmo quem não pode participar da assembleia pode participar da decisão.

Agora, a decisão segue para a direção da FNE e se somará às decisões dos demais estados. A posição majoritária dos profissionais da enfermagem de todo o país será acatado e defendido pelos dirigentes nacionais junto ao Senado Federal.


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