O Brasil já tem 262 mortes de profissionais de enfermagem por covid-19. Se contarmos os casos suspeitos, este número salta para 295 segundo dados do "Observatório da Enfermagem", produzido pelo Cofen. 

Em Alagoas, os números também são preocupantes. Até o dia 23 de julho, faleceram 7 profissionais de enfermagem (4 enfermeiras e 3 técnicos e auxiliares de enfermagem). Entre casos suspeitos e confirmados, 1042 são profissionais de enfermagem. A contagem inclui 151 enfermeiros suspeitos, 121 confirmados e 4 óbitos. Já entre os técnicos e auxiliares são 482 suspeitos, 282 confirmados e 3 mortes.

Os números são alarmantes, mas os impactos sobre as vidas dos profissionais poderiam ser maiores. É que desde o início da pandemia no Brasil, o Sineal, em parceira com o Ministério Público do Trabalho e demais sindicatos da saúde, atuou para superar a morosidade dos governos estadual e municipais. Diuturnamente, foram exigidas melhores condições de trabalho para os profissionais da linha de frente do combate a pandemia. A entidade ingressou com ações judiciais que garantiram o afastamento de pessoas dos grupos de risco, assegurou a manutenção da remuneração integral e os equipamentos de proteção. Outra batalha travada pelo sindicato foi para garantir a sanitização dos locais de trabalho e a testagem aos profissionais da saúde.

Apesar de todo o empenho, a Presidenta Renilda Barreto lamenta o número de vítimas. Ela garantiu que o Sineal redobrou os esforços para impedir mais perdas. "Os números são assustadores. Não podemos normalizar as mortes de qualquer ser humano e nem dos colegas de trabalho, que estão pagando com as suas vidas na luta contra esta doença. Os gestores têm a obrigação de proteger a saúde dos trabalhadores e nós permaneceremos incomodando, doa em quem doer, para proteger vidas", afirmou.