Como está a corrida por uma vacina da covid-19?

O mundo vem enfrentando uma grave crise sanitária com a pandemia de covid-19. Além das consequências na saúde, a economia mundial vem sendo bastante afetada pela alta disseminação do vírus. O fato da doença ainda ser muito nova e desconhecida para os cientistas, acabou gerando uma verdadeira corrida em busca de medicamentos e vacinas que podem resolver a situação.

Atualmente, pesquisadores ao redor do mundo estão trabalhando em 166 vacinas para combater a covid-19. Dessas, pelo menos 30 estão em fase de testes clínicos, ou seja, conduzidos em seres humanos, mas apenas 7 estão na fase 3 de testes, a última antes de uma possível aprovação. Das sete que estão na última fase, quatro delas são chinesas. Uma é americana, outra britânica e uma de um consórcio Alemanha - Estados Unidos.

Porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trata o assunto com precaução. Para a entidade, ainda há muito a ser feito antes do anúncio de uma vacina totalmente eficiente contra a doença. 

No Brasil, duas vacinas já estão sendo testadas: a produzida por Oxford (Reino Unido) e pela farmacêutica AstraZeneca; e a vacina do laboratório Sinovac Biotech (China), em parceria com o Instituto Butantan. Além delas, a vacina da Pfizer (EUA) em parceria com a BioNTech (Alemanha), e a Sputnik V (Rússia), já possuem convênios para testagem aqui no país.

Desinformação

Além da demora natural para comprovação da eficácia de uma vacina, um outro fator preocupante é a desinformação. É crescente um movimento anti vacina no mundo inteiro. No Brasil, a situação não é muito diferente. 

Um levantamento produzido pela UPVacina (União Pró-Vacina), grupo de instituições ligadas à USP Ribeirão Preto que busca esclarecer informações falsas sobre vacinas, identificou um aumento de 383% em postagens com conteúdo falso ou distorcido envolvendo a vacina contra a covid-19. Ou seja, a desinformação quase quintuplicou em dois meses.

A análise feita pela UPVacina mostrou que a grande maioria das postagens gira em torno de possíveis perigos e ineficácia das vacinas (24,52%), além de uma variada gama de teorias da conspiração (27,10%). As postagens que acreditam que as vacinas podem alterar o DNA dos seres humanos aparecem em 14,84% das postagens.


Tags: COVID-19 Coronavírus

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