Na semana passada, o Brasil chegou ao preocupante número de 350 profissionais de enfermagem que faleceram por covid-19. O número assusta, principalmente se levarmos em conta que os óbitos entre estes profissionais quase triplicaram em três meses. Em maio eram 130 e o Brasil já era recordista mundial.
Para se ter ideia do buraco em que estamos, os Estados Unidos e a Itália, países que foram epicentros da pandemia do novo coronavírus, juntos, registraram 204 óbitos de enfermeiros, segundo dados de julho do National Nurses United e Federação Nacional dos Enfermeiros da Itália (FNOPI).
Vale lembrar que, em julho, o país investiu apenas 26% dos recursos que recebeu para o combate a pandemia. Estes dados estão disponíveis no relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). Ou seja, quase três quartos dos recursos não foram utilizados.
"É muito preocupante saber que a maioria do dinheiro que poderia ser investido não foi usado. Lamentamos as perdas dos companheiros de profissão. A gestão da saúde, que está sem ministro há 3 meses, é péssima e não há perspectiva de melhora. A enfermagem, assim como outros profissionais da saúde e a população, está jogada a sua própria sorte", disse a presidenta do Sineal, Renilda Barreto.