Água é saúde, não mercadoria: pela anulação do leilão da Casal

O Governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), entregou o sistema de água e o esgoto da região metropolitana de Maceió aos interesses empresariais, portanto a lógica do lucro. Após muitos atos e manifestações, os movimentos sociais lutam agora na justiça para evitar esse absurdo promovido pelo governador! Uma das ações, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), foi movida pela Federação Nacional dos Urbanitários junto ao Partido dos Trabalhadores (PT). As entidades entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para suspender a venda.

No último dia 30 de setembro, o governo de Alagoas resolveu leiloar parte da Casal para a iniciativa privada. A BRK Ambiental venceu a disputa com um lance de R$ 2,009 bilhões. A empresa agora será responsável pelo fornecimento de água e coleta de esgoto na região metropolitana de Maceió pelos próximos 35 anos.

O problema é que essa venda irá encarecer o serviço para o consumidor da capital e dificultar investimentos nas outras regiões do estado, já que o estado perderá boa parte da capacidade de arrecadação com a região mais lucrativa da Casal. 

A presidenta do Sineal, Renilda Barreto, explica porque o sindicato abraçou a luta contra a privatização da Casal. "A água não pode ser tratada como mercadoria. Ela é sinônimo de saúde. A pandemia é um bom exemplo disso, muitas famílias nem conseguiram acesso a água para lavar as mãos, uma das principais formas de combater o coronavírus. Imagina o que pode ocorrer quando a água for controlada por uma empresa e vendida apenas para os que têm dinheiro", disse.


Tags: Alagoas Maceió Movimento

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