Pesquisa da Fiocruz investiga situação de profissionais da saúde na pandemia

No mês em que comemoramos o 30º aniversário do SUS, o Brasil conta com mais de 200 mil estabelecimentos de saúde, sejam ambulatoriais ou hospitalares. Neles estão cerca de 430 mil leitos, que empregam diretamente mais de 3.500.000 profissionais da saúde nos 5.570 municípios das cinco regiões do país. Essa é a estrutura que o Brasil dispõe para o enfretamento da pandemia. Uma pesquisa da Fiocruz mostra que os profissionais da linha de frente sofrem bastante com os efeitos da covid-19.

Muito desse sofrimento é consequência das condições de trabalho dadas para estes trabalhadores. A pesquisa “Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19 no Brasil” é um estudo transversal, cuja população-alvo é constituída por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, odontólogos, nutricionistas, farmacêuticos/bioquímicos, psicólogos entre outros, além de técnicos/auxiliares de enfermagem, de diagnóstico, de apoio à assistência – todos voltados para o combate a pandemia. 

O trabalho faz parte de uma iniciativa da Fiocruz, por meio da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp) e do Centro de Estudos Estratégicos (CEE), para contemplar parcerias com instituições acadêmicas e entidades profissionais, assegurando assim a participação ativa em todas as etapas da pesquisa. O protocolo desta pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP-ENSP), e o questionário, totalmente disponível online, é de fácil e rápido preenchimento (www.bitly.com/PesquisaFiocruz).

Renilda Barreto, presidenta do Sineal, destacou a importância da pesquisa. “Esse estudo é fundamental para entendermos a profundidade do impacto da covid-19 na enfermagem e os outros profissionais de saúde. Somos mais de 3 milhões e meio de trabalhadores da área que estão sendo expostos a riscos incalculáveis nos últimos meses. A pesquisa nos dará uma melhor noção das consequências da pandemia”, explicou.


Tags: COVID-19 Coronavírus pesquisa

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