Enfermeiros do Hospital Sanatório reclamam de atrasos salariais

Os trabalhadores do Hospital Sanatório em Maceió apresentaram denúncias de atrasos no pagamento dos salários, férias e dos vales transporte. As reclamações foram dirigidas ao Ministério Público do Trabalho (MPT), ao Ministério Público Federal (MPF) e ao MP de Alagoas. Além das questões remuneratórias, preocupa os profissionais as condições estruturais do prédio que abriga a unidade de hospitalar.

Há queixas recorrentes sobre a segurança dos trabalhadores que atendem pacientes da Covid-19. Mas, o que chama a atenção é o fato de que denúncias dessa natureza ocorrem desde 2008. É o que demonstra a Notícia de Fato 001093.2008.19.000/0 - 28, instaurada pelo MPT em Alagoas.

No procedimento, a direção do Hospital Sanatório assinou um Termo de Compromisso em fevereiro de 2010, no qual se obriga com o pagamento de férias e vale transporte, promete regularizar o recolhimento do FGTS e a acabar com a prática de assédio moral na entidade. Mas as irregularidades, segundo os funcionários da instituição, parecem persistir mais de 10 anos depois.

Segundo informações dos profissionais que trabalham no Sanatório, a alegação para os atrasos atuais é a redução dos atendimentos devido ao risco de desabamento do prédio, comprometido pela movimentação do solo na região do Pinheiro. Contudo, fontes asseguram que os atendimentos permanecem ocorrendo em três turnos com demanda normal.

Além disto, alguns denunciantes alegam que a unidade hospitalar recebeu, em 2020, pouco mais de R$ 2 milhões do SUS para atendimento aos pacientes da Covid. Por este motivo, pedem ao MPF uma investigação sobre a destinação dos recursos.

A Direção do Sineal disse que está acompanhando o desenrolar da situação junto aos órgãos ministeriais. A Presidente do sindicato, Renilda Barreto, também colocou a assessoria jurídica a disposição das enfermeiras e dos enfermeiros filiados que atuam no hospital. "Como podemos observar, os problemas são de longa data. Mas, faremos gestões junto ao MPT, principalmente, para que haja um desfecho favorável aos trabalhadores", disse a dirigente.


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